Fonoaudiologia e Síndrome de Down

Vocês conhecem a importância da fonoaudiologia na vida das pessoas com síndrome de Down?

O trabalho do fonoaudiólogo na SD é muito amplo e não se restringe apenas ao aspecto da fala, como muitas pessoas pensam. Ele vai muito além, abrangendo também a audição, a linguagem e a motricidade oral. Esta última irá trabalhar com as funções do sistema estomatognático, como a sucção, mastigação, deglutição e respiração.

Crianças com síndrome de Down em geral apresentam uma hipotonia muscular, o que acaba interferindo no desenvolvimento das funções acima, sendo assim, necessário trabalhar também os aspectos de mobilidade e tonicidade dos OFAs (órgãos fonoarticulatórios). .

O foco da terapia fonoaudiológica irá depender da fase em que cada criança se encontra e das necessidades específicas de cada um.

É importante que o acompanhamento fonoaudiológico seja feito desde os primeiros meses de vida até o período em que as dificuldades de comunicação sejam superadas.

Texto de Mayra Cristina – Fonoaudiologa

Síndrome de Down não tem grau

Qual mãe trissômica nunca ouviu assim;
.
-Nossa, mas o grau dele(a) é bem leve né?

A pessoa que pergunta, enxerga um mundo desconhecido como todos antes de fazer parte dele.

Mas esses momentos, são os mais propícios para semear o universo Down real eliminando crenças falsas. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, síndrome de Down não tem grau, nem 1, nem 2, nem 3, nem nada. Existem atualmente 3 tipos de comprometimentos genéticos da T21;

1- Trissomia Livre, é quando a “trinca” do cromossomo 21 está presente em todas as células do organismo. Ocorre em 94% dos casos, sendo considerada a mais frequente.

2- Translocação, geralmente herdada da mãe ou do pai, é quando um pedaço do braço longo do Cr. 21, fica perdido ali na região, até que se transloca e funde em um cromossomo mais próximo, geralmente o Cr.14. Por ser 97% herdado, é necessário que os pais façam um cariótipo comprovando assim de qual dos dois ou nenhum dos dois, o bebê carregou a T21.
Uma observação bastante interessante é que por ser grudadinho em outro cromossomo, o cariótipo faz uma leitura tipica de 46 cromossomos, mas continua sendo trissomia 21. Ocorre em 3% dos casos.

3- Mosaico, é quando uma parte das células do organismo possuem o material genético Cr 21em excesso, e outra parte não, como uma mistura.
Possuem 46 e 47 cromossomos. Ocorre na minoria dos casos, cerca de 1,5%.

Nenhum dos tipos determinam “graus” da SD, e todas essas pessoas devem ser estimuladas da mesma forma, sem pôr nem tirar, como regra.

A pessoa com síndrome de Down, que tem os olhos mais oblíquos, as orelhas mais abertas, estatura menor, cardiopatia, não significa ser grau alto da T21.

Importante lembrarmos que todo indivíduo, com ou sem comprometimento genético, é composto por vários cromossomos, e cada um deles, tem uma carga genética imensa trazida dos genitores, assim determinando também características físicas e intelectuais.

Ou seja, um único cromossomo não é responsável por determinar o que aquele indivíduo será, todos os cromossomos trabalham juntos.

Fonte: Instagram.com/maternidadedown

Com Down, competidor do Rali Dakar venceu burocracia e resistência da mãe

No último dia 23, o Congresso Nacional do Peru homenageou os pilotos peruanos que participaram do Rali Dakar 2019, disputado inteiramento no país andino. Entre os laureados, um deles chamava bastante a atenção: Lucas Barrón, 25, que tem Síndrome de Down.

Copiloto de seu pai Jacques na categoria UTV (sigla em inglês para veículo utilitário multitarefas), Lucas se tornou a primeira pessoa com a deficiência a participar da mais tradicional prova off-road do mundo.

Jacques Barrón já é um veterano no evento, tendo participado de cinco edições na categoria de motos. Criado nesse ambiente de competição, Lucas, que também pratica futebol e natação, viu no pai uma referência.

“Meu pai faz muitos esportes. E eu quero ser como ele. Sempre sonhei em ir [correr] com o meu pai. Eu o ajudo a empurrar o carro”, conta Lucas, por telefone, à reportagem.

O trâmite para permitir que Lucas participasse do Rali Dakar não foi simples.

Aprovado em uma série de avaliações médicas, a Federação Peruana de Automobilismo concedeu a ele uma licença de acompanhante, que apenas o impedia de pilotar. A licença era suficiente para que participassem juntos de competições locais de rali, como a Baja Inka, no Peru.

Para o Rali Dakar, porém, a lista de exigências era um pouco mais complicada.

“Parecia que nosso projeto ia dar errado, quando de repente um representante da FIA (Federação Internacional do Automóvel) nos disse que havia a possibilidade de que ela abrisse uma exceção, com a condição de que Lucas não dirigisse. Fiz um trâmite com a FIA, apoiado pela Federação Peruana, com uma carta compromisso minha na qual dizia que Lucas não dirigiria nunca em toda a corrida. Com isso nos deram a licença para que ele participasse”, afirma Jacques.

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Entrevista com o Neurocientista Dr. Alberto Costa, que desenvolve pesquisas sobre a SD

Crédito da imagem: Youtube/Reprodução

O Dr. Alberto Costa, que reside nos EUA e atualmente trabalha na Universidade Case Western Reserve, conversou com o Movimento Down sobre a sua pesquisa atual, que foca no tratamento farmacológico para prevenir o surgimento precoce da doença de Alzheimer em pessoas com síndrome de Down. O trabalho, que se utiliza da substância memantina e busca avanços cognitivos em jovens e adultos com síndrome de Down, teve bons resultados e será ampliado, contando agora com uma equipe também no Brasil, além do grupo de pesquisadores americanos. Segundo o neurocientista, pai de Thyce, de 18 anos, que tem síndrome de Down, a melhoria da qualidade de vida de pessoas com a trissomia é o que move seu trabalho.

Como foi a sua trajetória profissional e o seu envolvimento com pesquisa relacionada à síndrome de Down?
Como médico, durante a graduação e pós-graduação, a minha ideia sempre foi me especializar em neurologia. Depois, quando eu terminei o doutorado em Biofísica no Instituto Carlos Chagas Filho (UFRJ), eu tinha resolvido seguir uma trajetória de cientista, tinha desistido da prática de medicina. Eu trabalhava com neurotransmissão e estava fazendo entrevista para trabalhar na Unicamp ou na USP de Ribeirão Preto. Era esse caminho que eu tinha pela frente. Foi nesse contexto que a minha filha Tyche, que agora tem 18 anos, nasceu com síndrome de Down. Aí obviamente tudo mudou.

Como exatamente o nascimento da sua filha mudou seus planos profissionais?
Há 18 anos, a ideia de trazer uma criança que nasceu com síndrome de Down de volta para o Brasil parecia retrógrada. Hoje em dia, acho que teria agido diferente porque, se voltássemos para o Brasil, teríamos suporte familiar e ela cresceria imersa na cultura de seus pais, o que teria sido mais fácil. Se tivéssemos ido para Campinas, por exemplo, poderíamos ter usufruído de um programa muito bom de síndrome de Down, ligado à universidade. A associação de pais de crianças com síndrome de Down também era e é bastante forte lá. Mas, na verdade, nenhum de nós tem uma máquina do tempo. Por outro lado, certos princípios que me levaram a essa mudança de carreira, que me fizeram trabalhar nos EUA como pesquisador, estavam corretos. Tinha um ambiente de pesquisa dominado pelo pessoal de genética e a neurobiologia da síndrome de Down era praticamente inexistente nos EUA. O que eu vi na época foi exatamente essa lacuna, achei que estava no lugar certo na hora certa. Leia mais

Pessoas com SD têm tendência a desenvolver problemas para domir

Crédito da imagem: Sarah Horrigan/Flickr

Dormir uma boa quantidade de horas todo dia é fundamental para a saúde. Entretanto, problemas como a apneia do sono, o bruxismo e o sonambulismo podem prejudicar a qualidade do descanso ou mesmo impedir um sono tranquilo. Pesquisas e estudos de caso apontam que pessoas com síndrome de Down podem apresentar dificuldades para dormir desde a infância.
A criança ou o adulto que não dorme satisfatoriamente muitas vezes apresenta sonolência e falta de atenção durante o dia, o que pode ocasionar problemas de aprendizagem. O sono de baixa qualidade também afeta o humor, gerando irritabilidade. Por isso, é importante procurar um profissional de saúde o quanto antes e buscar um tratamento para a origem do problema. “Há cerca de seis meses, percebi uma dificuldade do meu filho durante o sono, parece que tem algo obstruindo a respiração. Cheguei a pensar que ele tivesse colocado um corpo estranho no nariz, mas não havia nada. Quando ele não dorme bem, fica agitado e nervoso, mal-humorado”, conta a gerente Rosangela Luz, mãe de Heitor Nathan, que tem quatro anos e nasceu com síndrome de Down.

“Quando ele não dorme bem, fica agitado e nervoso, mal-humorado.”
Rosangela Luz Leia mais

SD: Como trabalhar o lado psicológico dos pais?

Defrontar-se com a perda é muito difícil. Costumo dizer que perder um pai, uma mãe, um irmão, um tio é perder o passado e perder um filho, mesmo que esperado, é perder o futuro. A perda do filho esperado deve ser inicialmente entendida como um momento de grande luto, pois todas as perspectivas que elaboramos para um futuro filho, no momento da notícia do nascimento de um filho com síndrome de Down/T21, caem por água abaixo.
A extrema delicadeza da situação deve ser abordada com cautela e habilidade que ultrapassa os conhecimentos técnicos profissionais. Com isso, quero dizer que a formação profissional na área da saúde não é suficiente para dar um suporte que possa sustentar tal drama social; é necessário, além de uma grande habilidade profissional, uma prática deste momento que somente é adquirida pela vivência a longo prazo de várias destas situações.
O papel do psicólogo é indubitavelmente importante na condição de dar alicerces e, portanto, condições estruturais para que o casal consiga entender, compreender e acreditar na perspectiva da ampla gama de possibilidades que ornamentam a sociabilização das pessoas com síndrome de Down/T21, desmistificando parâmetros sócio-culturais e informações errôneas previamente existentes e impostas pela sociedade com relação as esses pacientes.

Prof. Dr. Zan Mustacchi – CEPEC-SP 

Receita não pode exigir dois médicos para comprovar isenção de IPI a deficiente

É suficiente a assinatura de apenas um médico do Sistema Único de Saúde em laudo de avaliação física que comprova deficiência para obtenção de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóvel, ao contrário do que prevê a Orientação Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB).

Com esse entendimento, o juiz Leonardo Cacau Santos La Bradbury, da 2ª Vara Federal de Florianópolis, declarou ilegal a exigência de assinatura de dois médicos da mesma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no laudo de avaliação física que comprova deficiência para obtenção de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóvel. A decisão foi tomada em uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a União.

Segundo o juiz, o “ordenamento jurídico brasileiro, desde a Constituição infraconstitucional, está voltado para assegurar os direitos fundamentais das pessoas com deficiência, situação que, contrariamente, não é assegurada pelo Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1769, de 18 de dezembro de 2017, que exige que o laudo de avaliação para fins de reconhecimento da isenção de IPI seja assinado por dois médicos da mesma unidade do SUS”.

Para declarar ilegalidade da exigência, o juiz comparou a situação com o reconhecimento da deficiência para fins de concessão da aposentadoria para pessoa com deficiência, que exige o laudo de um médico e de um assistente social.

Para Bradbury, como a aposentadoria gera mais despesa, “não pode o Estado conferir tratamento mais gravoso no âmbito tributário em relação à seara previdenciária, sob a alegação de evitar supostas fraudes, quando o gasto no âmbito previdenciário de manutenção do beneficio é maior do que com a concessão da isenção do IPI sobre os veículos”. A determinação judicial tem efeitos para todas as pessoas com deficiência residentes em Santa Catarina. Com informações da Assessoria do TRF-4.

Clique aqui para ler a decisão.
ACP 5019216-45.2017.4.04.7200

Síndrome de Down e artes marciais: força, determinação e disciplina

Foto: judorio.org

Força, determinação e disciplina. A prática de artes marciais pode ser uma valiosa aliada na reabilitação física e cognitiva das pessoas com síndrome de Down. A atividade oferece não só as vantagens de um exercício físico, mas também a filosofia de cada modalidade, o incentivo à disciplina e ao equilíbrio emocional, o controle da força e o respeito a si próprio e ao outro. Em todo o mundo, pessoas com a síndrome praticam e até competem em campeonatos de diversas modalidades.

É o caso de Breno Viola, judoca e autodefensor e do Movimento Down. Breno, de 33 anos, pratica judô desde os três anos de idade. Hoje, é o único atleta com síndrome de Down das Américas a ter alcançado a faixa preta neste tipo de luta. O judoca faz parte da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e treina cinco vezes por semana no Flamengo, no Rio de Janeiro. “É bom fazer esporte. Além de ser saudável, o esporte ensina a ter disciplina, a não reagir na hora de um assalto, por exemplo,” conta Breno, que já conquistou medalhas em competições internacionais.

No entanto, antes de incentivar os filhos a praticarem qualquer tipo de esporte, os pais devem estar atentos. Realizar uma avaliação clínica é imprescindível, principalmente para as pessoas com deficiência. Além disso, é importante saber se os profissionais de educação física estão preparados para questões associadas à síndrome como a instabilidade atlanto-axial e a hipotonia.

“Na CBJ, os professores recebem a orientação de se informar sobre as características de cada aluno, principalmente os que têm algum tipo de deficiência. É importante que o professor, principalmente aquele que nunca trabalhou esse tipo de aluno, se informe sobre as peculiaridades que cada condição traz. No caso das crianças com síndrome de Down, o exame clínico para detectar a instabilidade atlanto-axial é imprescindível”, explica Amadeu Dias de Moura Jr, supervisor de alto rendimento da CBJ.

Artes marciais pela inclusão

No Brasil, existem associações e clubes que oferecem aulas de artes marciais para pessoas com deficiência, inclusive a síndrome de Down. É assim no Instituto Olga Kos, em São Paulo. A organização realiza oficinas gratuitas de karatê e taekwondo para crianças, jovens e adultos com a síndrome e outras deficiências intelectuais. Atualmente, são oferecidos módulos de diversos níveis, com cerca de 15 alunos por turma. Outra iniciativa que oferece aulas de judô para pessoas com deficiência intelectual é a Oficina do Aluno.

Pedro Neves, professor da Oficina do Aluno, conta que o núcleo atende oito pessoas com síndrome de Down, duas com deficiência intelectual e outras duas com síndromes desconhecidas. A experiência tem sido tão positiva que motivou a instituição a dar um passo além na luta pela inclusão. “Pedimos ajuda, passamos por várias consultorias, fomos atrás de formação adequada e hoje temos 10 alunos alfabetizados, duas com possibilidades de empregabilidade. Nosso objetivo é mostrar as potencialidades desses jovens, prepará-los, cada um no seu momento, para o mercado de trabalho e dar-lhes um papel social e profissional”, relata Pedro.

As duas iniciativas defendem que as artes marciais estimulam e desenvolvem a parte física, a autoestima e o convívio social entre os atletas. No caso da síndrome de Down, ainda existe outro benefício. “A prática de artes marciais auxilia no fortalecimento do tônus muscular, o que é fundamental por conta da hipotonia das pessoas com síndrome de Down”, ressalta Michele Furukawa, do Instituto Olga Kos.

OBS.: Esta reportagem faz parte de uma série do Movimento Down sobre os benefícios da prática esportiva para pessoas com síndrome de Down.

É fato que as crianças com Síndrome de Down/T21 são por natureza dóceis e amorosas?

Não é verdade. Como qualquer outra criança ela devolve o que recebe, seja carinho e amor, seja agressividade. O caso é que essa é uma criança que devolve em triplo. Se for bem tratada, ela é extremamente amorosa, mais do que as outras crianças. Se sofrer maus tratos, irá revidas com mais violência ainda. Elas são um reflexo ampliado daquilo que lhes é oferecido.

Prof. Dr. Zan Mustacchi – CEPEC-SP 

SD: Dicas para alimentação de seu bebê

Uma das melhores fases é quando os bebês são liberados pelos seus pediatras para tomar suquinhos, comer frutinhas e assim por diante. Mas nem sempre esse processo é fácil, minha filha mais velha Sarah aceitou tudo muito bem desde o início, já com Yasmin demorou um pouco mais, mas o segredo é NÃO DESISTIR, pois foram quase 2 meses de insistência que já estão sendo recompensados! Por favor, persistam no que é saudável e faz bem, a alimentação do seu filho hoje vai definir como ele vai ser AMANHÃ. Sarah tem 2 anos nunca comeu um chocolate, adora frutas e ama verduras, quem a conhece que não me deixe mentir. Hoje com 9 meses alimentação da Yasmin é baseada em frutas e verduras sempre produtos frescos, estou seguindo a mesma linha da irmã, e ela ja está adorando.

Agora mamães que tem filhos com Síndrome de Down FICA A DICA: os principais alimentos que o Dr Zan Mustacchi (Diretor Clínico do CEPEC-SP, Especialista em Síndrome de Down) sempre fala são: peixes: sardinha, ostras, o micro peixe IRIKO, alimentos com Zinco como ostras, sardinhas, nozes sementes de girassol, abóbora, caju, pois melhoram a IMUNIDADE, feijão AZUKE rico em l carnitina, triptofano que tem na semente de cacau pois é rico em seratonina.

Tubérculos provocam constipação intestinal, assim como LEITE DE VACA devido a proteína. EVITAR arroz branco pois baixa o zinco e carne vermelha pois provoca envelhecimento precoce. Portadores de SD possuem um envelhecimento precoce, é aí que entra a importância da TAURINA. Fazer a gelatina com energético e oferecer todo dia pela manhã. Mais informações e receitas no site do Zan Cepec.

Espero ter ajudado, são informações simples mas que ás vezes fazem a diferença!

www.facebook.com/sorrindocomyasmin

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