Sindrome de Down – Sugestões para crianças de 2 à 5 anos

Dicas

Nesta fase da vida, surge a função simbólica, que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação. Neste momento, a criança passa a ser capaz de construir a imagem mental de um objeto, mesmo que ele não esteja mais lá.
Nesta fase também, a criança passa a explorar e conhecer outros ambientes, que vão além do familiar. Ela começa a se socializar, poderá ir à escola ou creche e o aprendizado toma outra forma. É importante que, nesta fase, comece a se dar limites para a criança, pois ela já consegue esperar por determinada situação. Os conceitos de tempo e espaço passam a fazer mais sentido.
Pode-se ainda estimular a criança a expressar suas necessidades, construir brincadeiras e ter acesso a brinquedos que a ajudem a entender melhor o mundo. Sua independência e autonomia começam a se desenhar nessa fase e são fundamentais para o futuro, quando ela estiver na escola, e na adolescência.

Também nessa fase, ela começa a aprender noções de higiene. A idade varia, mas vale começar a ensinar a criança a usar o banheiro. Mas, atenção: o processo pode ser longo e requer paciência e planejamento dos pais. E se a criança responder de modo muito negativo, evite uma guerra, adiando o treinamento.
Também é nessa idade que ensinamos às crianças a tomar banho sozinhas. Você pode pegar uma esponja e um boneco na hora do banho, para que a criança aprenda lavando o boneco. Depois, vá nomeando as partes do corpo que a criança deverá lavar sozinha. Tomar banho, escovar os dentes e pentear o cabelo sozinho são atividades que requerem, inicialmente, supervisão e devem ser ensinadas do mesmo jeito: primeiro, vendo os outros, depois fazendo em bonecos e depois em si mesmo.
A sociabilização também é muito importante nessa fase. Aprender regras sociais, dividir brincadeiras, pedir e emprestar brinquedos são parte deste processo. Fale com a criança e estimule-a a contar suas experiências. Preste atenção no que ela fala, valorize o que está falando. Use sempre “obrigado” e “por favor” quando falar com a criança, inclua-a na conversa sempre que possível e evite responder por ela.
A estimulação nessa fase também é riquíssima em atividades lúdicas. Música, dança, pintura, argila e massinha são algumas das atividades prazerosas que auxiliam no desenvolvimento motor e intelectual.
Brincar de faz-de-conta, contar histórias e ajudar a criança a lembrar o que foi feito durante o dia também são atividades muito importantes para a memória e ajudarão a criança a não fazer as coisas mecanicamente.
O que é importante nessa fase?
Ideias e sugestões
– Use brinquedos de causa e efeito, estimule a criança a entender que suas ações têm consequências diretas sobre o ambiente.
– Use brinquedos que reproduzam atividades cotidianas, como panelinhas, frutas e bichinhos, mostre-lhe como essas coisas funcionam.
– Estimule a criança a identificar o outro objeto, o igual, para ajudá-la a trabalhar o conceito de igual e diferente, que serão importantes para a continuidade do aprendizado.
– Ofereça massinha para a criança brincar, com moldes geométricos, de formas de bichos etc.
– Apresente encaixes de formas geométricas, associação entre cores e formas, trabalhe conceitos de tamanho (grande-pequeno), formas (círculo, quadrado, triângulo), dentro e fora.
– Estimule a criança a imitar gestos, fazer gestos acompanhando músicas infantis e, pouco a pouco, dispense os modelos e deixe-a fazer os gestos por iniciativa própria.
– Estimule a criança a explorar o brinquedo de forma mais elaborada, como virar o objeto, cheirar, apertar e sentí-lo com as duas mãos, separar e retirar peças, ouvir o som que o brinquedo produz, chacoalhá-lo. Evite que a criança coloque o brinquedo na boca ou o jogue para longe como única forma de exploração.
– Deixe que a criança tenha uma participação maior nas atividades diárias, peça ajuda na hora de colocar a roupa e peça que lave as mãos e se ensaboe na hora do banho. Ajude a criança, mas não faça por ela. Divida as atividades em partes.
– Estimule a criança a desenhar no papel ou num quadro negro, ofereça giz de cera ou normal em tamanhos menores, para desenvolver o movimento de pinça dos dedos.
– Leia livros infantis para a criança e estimule-a a recontar as histórias. No começo, leia histórias curtas.
– Dê oportunidade para que a criança brinque na areia, fazendo castelos ou bolos de areia, usando balde, pá, etc
– Mostre o máximo estímulos diferentes para a criança e permita que ela tenha diferentes experiências que vão facilitar seu aprendizado ao longo da vida.
– Desde sempre, crie rotinas para a criança e organize o ambiente do qual ela faz parte. Insista que ela conclua as atividades e guarde os brinquedos ao fim.
(Fonte: Guia do bebê com síndrome de Down – dr Zan Mustacchi)

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