Aos 22 anos, Bryan, que tem síndrome de Down, formou-se em Ciências da Comunicação pela Universidad San Ignacio de Loyola, em Lima, capital do Peru. Agora, pretende seguir a carreira de jornalismo e preparar-se para o mestrado.
Sua primeira conquista foi andar de ônibus sozinho. Se sentiu, aos 17 anos, independente. Nesse dia, saiu a pé e começou a andar pelo bairro onde mora e de repente se viu perdido. Afirma que não teve medo em nenhum momento. “Um senhor me emprestou dinheiro e outro me acompanhou até o ônibus”, conta.
Sua segunda conquista veio no início de outubro de 2014, dia de sua formatura em um auditório cheio. “Graduado, eu? Ainda não acredito!”, celebrou. Nos últimos cinco anos, Bryan dedicou-se a mostrar que não é diferente. Entrou na Universidad San Ignacio de Loyola convencido de que seria jornalista e saiu de lá convencendo colegas e professores.
Segunda sua mãe Gladys, Bryan sempre foi ousado e persistente. Há 22 anos, uma médica disse à família que, por causa da síndrome de Down, o então bebê Bryan não chegaria a andar. “Agora o vejo com sua beca, suas medalhas, sendo aplaudido por todos e nada sinto além de felicidade!”, comemora a mãe.
Michael, seu pai, é britânico e não deixa de sorrir quando conta que o filho herdou sua paixão pela leitura. “Também conta piadas como eu”, diverte-se.
Enquanto seus pais ainda celebram seu mais recente sucesso, Bryan já pensa nos próximos passos. “Casar? Não, sou muito jovem. Aos 50 talvez eu pense em ter filho”, diz sorrindo.
Texto original de Lourdes Fernández Calvo, no jornal peruano El Comercio.
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