Os homens que me desculpem

Destaque Princesa Alice

familia Pode até parecer estranho o título deste texto, mas, depois de muito pensar, acho que é o que mais reflete o sentimento que brota em meu coração. Nestes três últimos dias vivemos em casa a primeira experiência de separação de nossa família, com a viagem da minha esposa desde segunda feira, ficando a pequena Alice sob meus cuidados.

Quando recebeu a notícia, meses atrás, que iria viajar, ela já começou a sofrer por antecedência pela separação por três longos dias. Tentava pensar em todas as alternativas para minimizar isso. Levar a pequena na viagem era o pensamento mais comum entre nós.  Mas na última semana, tudo concorreu para isso não acontecer. E foi por terra então a nossa vontade. Chega o dia e lá vai a mamãe rumo ao aeroporto.

A partir de agora conto a minha versão da história.

Quando saímos de casa rumo ao aeroporto, olhar  pelo retrovisor era uma angústia. Via a pequena Alice olhando para a mamãe chorando, sem nada entender. Chegamos ao Aeroporto e ficamos na expectativa da partida do vôo. No último momento, quando se dirigiu ao portão de embarque, pude ver o que era um coração partido de mãe,  quase que desesperado pela separação.

E aí começou a grande missão para mim, de cuidar da pequena, sem a presença do maior suporte da princesa Alice. Agora éramos só nós. E ela voltava para casa sem saber de nada, sorrindo e brincando no seu bebê conforto.  Meu coração apertado pela responsabilidade e sem saber que o aconteceria nas próximas 72 horas.

Nossos contatos eram constantes por torpedos. Quase sempre com perguntas do tipo: como está a pequena? Mande notícias?  Comeu direitinho? Tomou água? suco? etc…

Foi um momento de aprender, de curtir também claro, mas de realizar tarefas, que muitas vezes eu já realizava, mas, sabendo que tinha um suporte especializado da mamãe se necessário.  Não havia chance de erro. E como foi corrido. Teve dia de ter tempo para apenas uma refeição por dia. Levantar, dar o leitinho, a fruta, o suco, água, arrumar para deixar com a vovó, enquanto ia para o trabalho, parecia que alguém acelerava o relógio. E lá se foi meu café da manhã. À tarde e a noite, inteirinho  com ela, nossa que prazer. Mas porque será que não tinha tempo para eu me alimentar (risos).

A pequena não dá trabalho, não acorda à noite, só chora brigando pra não dormir, mas ainda assim para o papai fisicamente (ufa) foi um pique.

Isso só me faz valorizar ainda mais a minha esposa, e generalizando a todas as mães guerreiras. Claro que é um dom que Deus deu à mulher, mas quando a mulher assume, se transforma e consegue realizar tudo, como se o dia tivesse mais de 24 horas.

Para minha esposa essas palavras finais, não só de reconhecimento pela sua força, porque isso faço todos os dias. Mas de admiração pela sua garra e por toda a dedicação à nossa filha e família. Ver as suas lágrimas me fortaleceu para cuidar da nossa pequena e espero ter cumprido a missão de coadjuvante nesta importante missão. Sim, sem demérito. Me sinto honrado em ser ajudante nesta missão. Parabéns amada Shesterriane pela grande mulher que você é.

Que me desculpem os homens, mas por mais que nos dediquemos, no que diz respeito a criação dos filhos, não alcançaremos jamais a força da mulher.

Por Júnior Patente

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