Existe limite para pessoas com Síndrome de Down?

Grupo de jovens com deficiência intelectual lança manual de acessibilidade

Pessoas com deficiência intelectual deparam-se frequentemente com a palavra não. A sociedade como um todo não está totalmente preparada para lidar com essa realidade. Mas isso está mudando.

O manual “Mude seu falar que eu mudo meu ouvir” foi escrito por esses jovens portadores de da Síndrome de Down. Eles fazem parte de uma associação que trabalha em prol de pessoas com deficiência intelectual.

A presidente voluntária da ONG Carpe Diem, Glória Moreira Salles, explica que o desejo de criar o manual partiu dos próprios portadores da síndrome. A atitude, pioneira no mundo todo, vai ajudar a entender como eles podem ter mais participação na sociedade.

O auxiliar administrativo Thiago Rodrigues, portador da Síndrome de Down, conta que gosta de participar de palestras. No entanto, tem dificuldade de entender o que os palestrantes dizem. Isso porque pacientes com deficiência intelectual precisam que as pessoas se comuniquem com eles falando mais devagar. Usar imagens e textos em apresentações também facilita a compreensão deles.

Carolina De Vecchio Maia, também portadora e auxiliar administrativa, ressalta que é importante que a sociedade abra o coração e os aceite sem preconceito. Ela destaca que eles têm capacidade para fazer tudo.

Eles precisam de mais tempo. Requerem acessibilidade à compreensão, ao trabalho e à escola, ao lazer, à sexualidade e à afetividade. Por isso, Beatriz Ananias Giordano, portadora da síndrome e atendente de mesa, manda uma mensagem para todos nós: “Ouvir também é uma forma de ler. Não leiam este livro apenas pelo prazer de ler. Leiam com o coração, porque muitas vezes um gesto de vocês vale mais do que mil palavras”.

Veja o vídeo:

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